A Diocese de Coria-Cáceres promoveu a criação da Comissão Diocesana do Sagrado Mantel de Coria, que se constituiu recentemente durante um encontro de trabalho que teve lugar na Casa da Igreja, espaço que servirá de sede para os encontros da dita comissão. Além da sua criação, nomearam-se os 23 membros que formam parte deste órgão. Entre eles encontra-se o bispo da Diocese, Francisco Cerro, presidente; o Deão da Catedral, Julián Carlos Pérez, secretário; e o Diretor do Museu Catedralício, Óscar García Ballestero, tesoureiro.
Esta comissão estabeleceu vários objetivos, tais como a promoção do culto público da Sagrada Eucaristia e a difusão do conhecimento do Sagrado Mantel, uma peça histórica única que permanece exposta ao público no interior de uma urna no Museu Catedralício. Esta peça foi objeto de rigorosos estudos por parte de especialistas procedentes de todo o mundo.
Para alcançar estes objetivos, a comissão programou várias atividades que se levarão a cabo durante os próximos meses. Entre outras, está prevista a celebração de um ato de culto público e processional, a realização de conferências, cursos, retiros, jornadas, convivências, peregrinações e outras atividades de carácter apostólico e caritativo.
A criação do novo órgão une-se assim à iniciativa promovida também pelo bispo há mais de um ano, que possibilitou a criação da Associação de Amigos do Sagrado Mantel de Coria.
Este coletivo, aberto a todas as pessoas que desejem integrá-lo, nasceu com a pretensão de “ser o germe, num futuro próximo, de uma confraria que se dedique a promover a Eucaristia e a dar a conhecer o Mantel”. Sobre a peça, querem destacar o facto de ser a relíquia “possivelmente mais importante das que se encontram na Catedral”. Por essa razão, outra das suas pretensões consiste em “recuperar a importância de tudo quanto está relacionado com este sagrado tecido” que, segundo guardou a tradição durante séculos, “esteve sobre a mesa onde Jesus Cristo instituiu a Eucaristia”.
A diocese de Coria-Cáceres e o Cabido da Catedral publicaram os documentos correspondentes para a contratação da II Fase das obras de consolidação e restauro da Catedral de Coria. O concurso está aberto a todas as empresas com qualificação para executar este tipo de trabalhos de património e o prazo para a apresentação de candidaturas estará aberto até ao dia 11 de março no Bispado de Cáceres, na Praça de Santa Maria.
A licitação conta com um valor base de 1.470.500 euros (IVA incluído) e no que diz respeito às atividades a realizar, centrar-se-ão principalmente no restauro geral da fachada sul do Paredão. Também se levará a cabo a reposição de cornijas e balaustradas e corrigir-se-ão os defeitos registados nas abóbadas e arcos, bem como os muros interiores do monumento.
No passado mês de dezembro, precisamente, o Governo Local concedeu a licença das obras para levar a cabo a II Fase para a qual o Governo Central já aprovou um investimento de 1,5 milhões de euros. Deste modo, dá-se continuidade às obras iniciadas com a primeira fase e que permitiram reforçar a consolidação do monumento. Naquela ocasião, estabilizou-se a encosta, consolidou-se a fachada oriental e executou-se parte da câmara de ventilação ao redor do templo com o intuito de eliminar as humidades. Estes trabalhos tiveram início em junho de 2016 e impediram o acesso à zona de culto durante mais de um ano. O investimento foi da mesma importância: rondou também os 1,5 milhões de euros.
A propósito destes investimentos, a Câmara cauriense referiu que em pouco mais de dois anos se investiram na Catedral mais de 3 milhões de euros. Sobre o orçamento da II Fase, 70% será investido pelo Governo Central e o resto do investimento estará a cargo do bispado, da Câmara e da Junta. Finalmente, a Câmara ofereceu todo o apoio necessário para o decorrer das obras.
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